terça-feira, 19 de agosto de 2014
A MATEMÁTICA
A matemática flutua no que penso
sobre números e cores,
sobre ornamentos
de flores de carne,
de flores de pura lama
Ao arcar meu corpo em direção
ao corpo que me deseja,
ao corpo que desejo,
e vosféro que o desejo é número,
figuras armadas com as almas
do fogo, com as cabeças da água
E o tudo cabe no fundo vazio
do fundo que sou,
do fundo que és
Meu poema mais que sujo,
mais que limpo
rola nas casas dos que dormem
e dos que nunca dormem
entre gatos, crianças,
cães, pássaros
e sonhados pães recheados
de cenas, de sons e sabores
Hoje estou na taça da história,
no templo das frutas
formadas pelas estrelas
paridas por cada vivente
(que cá está, que cá esteve),
por cada passo que dei
em direção ao mundo das rosas,
ao mundo da criatividade
das muitas mortes e nascimentos
presentes na matemática
de minha pequena grande vida
( edu planchêz )
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